Buscando alegria na Alegria do amado [] parte 2

Clique a cima, parte 1 da Serie de 3.


Mas Jesus não disse que devemos "odiar nossa vida"?


Quando Paulo diz: "Ninguém jamais odiou a própria carne; antes, a alimenta e dela cuida", para depois usar o próprio Cristo como exemplo, será que está contradizendo João 12.25, onde Jesus disse: "Quem ama a sua vida perde-a; mas aquele que odeia a sua vida neste mundo preservá-la-á para a vida eterna"?Não! Não há contradição. Pelo contrário, a concordância é notável.

A expressão chave é "neste mundo": quem odiar sua vida neste mundo mantê-la-á para a vida eterna. Não é um ódio definitivo, porque ao praticá-lo você conserva sua vida para sempre. Portanto, há uma maneira de odiar a vida que é boa e necessária, e Paulo não está negando isso ao dizer que ninguém odeia sua vida. Esse tipo de ódio e um meio de salvação, e, por isso, um tipo de amor. Por isso e que Jesus tem de limitar o ódio de que está falando com as palavras "neste mundo". Levando em conta o mundo futuro, isso não pode mais ser chamado de ódio. Odiar a vida neste mundo foi o que Jesus fez quando "entregou a Si mesmo pela igreja". Todavia, ele o fez pela alegria que lhe foi proposta. Ele o fez para poder apresentar sua noiva a Si mesmo gloriosa. Odiar a própria vida foi o mais profundo amor por sua própria vida — e pela igreja!

As palavras de Paulo também não são uma contradição de Apocalipse 12.22: "Eles o venceram por causa do sangue do Cordeiro e por causa da palavra do testemunho que deram e, mesmo em face da morte, não amaram a própria vida". Eles estavam dispostos a ser mortos por Jesus, mas, ao odiar sua vida dessa maneira, "venceram" Satanás e conquistaram a glória do céu: "Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida" (Ap 2.10). Esse "não amar a própria vida, mesmo em face da morte" na verdade foi amar a vida além da morte.

Por Italo Guimarães

Nenhum comentário: