Pequenas Imagens, Grandes Lições...
O carro era bem chique.
Daqueles carrões importados, sabe?
Prateado.
Bancos luxuosos.
Ar-condicionado forte.
Painel com tantos dispositivos quanto uma nave espacial.
Estava parado no sinal de trânsito.
Ao volante, um homem engomado de meia-idade.
Ao seu lado, uma mulher extremamente maquiada.
No banco de trás, duas adolescentes.
"Típica família de ricaços!", pensei.
É incrível como julgamos as pessoas em apenas um segundo.
E é igualmente incrível o quanto costumamos nos enganar.
Por algum motivo (ou por algum desígnio celestial), o motorista abaixou o vidro momentâneamente.
E eu pude ouvir.
No rádio do carrão, soava um Louvor.
Não um dos clássicos Aline Barros, Padre Marcelo Rossi ou Régis Danese.
Era um daqueles "de fogo", onde o cantor grita "Aleluia" a cada três palavras.
Quem diria que cristãos fervorosos poderiam estar num carro daqueles!
Ao ler meu raciocínio, Jesus riu.
Ou ao menos eu pensei tê-Lo visto rir.
Como eu era tolo!
Transformei o dinheiro num Tabu, esquecendo-me de que sou filho do Dono do ouro e da prata.
Os "Adoradores do Carro Importado" me ensinaram uma Lição:
Eu posso ter tudo, desde que não me esqueça de nada.
Posso vestir as melhores camisas, desde que elas não cubram meu coração.
Posso rechear minha carteira, desde que não esvazie minha Alma.
É bonito adorar a Deus em meio à necessidade.
Mais bonito ainda, porém, é adorá-Lo em meio à fartura.
Eles fecharam o vidro e se foram, ainda cantando.
E eu tomei uma decisão:
No meu futuro carrão, o som será bem alto...
Texto escrito por Arthur Vivaqua, do blog Jesus, Arthur e Helen
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