As várias línguas

Amados, eu vi este estudo em um blog e pensei: Preciso postar no meu blog!
Sabe, este estudo é de uma riqueza de sabedoria e conhecimento para nós que fico maravilhada cada dia que passa com a imensidão de novas "descobertas" que podemos fazer no universo cristão. Deliciem esta maravilha de Deus. Aguardo comentários.
Leia com atenção.


Referência: 1 CORÍNTIOS 14:1-40

INTRODUÇÃO

· John Stott, o maior exegeta do século XX afirma que os dons são atuais, contemporâneos, úteis e necessários, visto que Jesus não mudou. O grande problema é a polarização: carisma sem caráter (dons sem fruto), caráter sem carisma (fruto sem dons), credulidade infantil-racionalismo cético, cessacionismo-confusão.

· Neste capítulo 14 o apóstolo Paulo vai tratar fundamentalmente sobre dois dons espirituais: variedade de línguas e profecia.



I. O DOM DE VARIEDADE DE LÍNGUAS

1. O ensino de Paulo sobre o dom de variedade de línguas

1.1. Quem fala em outra língua fala a Deus e não aos homens – v. 2
1.2. Quem fala em outra língua não é entendido, pois fala em mistério – v. 2
1.3. Quem fala em outra língua edifica-se a si mesmo e não à igreja – v. 4

1.4. Quem fala em outra língua não se torna entendido, por isso não edifica – v. 5-11
1.4.1. O exemplo dos instrumentos musicais – v. 7 (produz harmonia)
1.4.2. O exemplo da trombeta convocando para a guerra – v. 8 (prepara para a batalha)
1.4.3. O exemplo da conversação interpessoal ininteligível – v. 9-11(produz edicação)

1.5. Quem fala em outra língua não entende o que fala – v. 13-15 – A mente é importante e Paulo diz que o crente precisa usar sua mente em cinco áreas: na oração (v.15), nos cânticos (v.15), na ação de graças (v.16-17), na instrução (v.19) e no juízo (v.20).
1.6. Quem fala em outra língua não pode edificar os outros – v. 16-17
1.7. A variedade de línguas não é para pregação – v. 18-19 “Mesmo quando há interpretação, não se muda a natureza das línguas. Continua sendo palavra do homem para Deus e não palavra de Deus para o homem (profecia).
1.8. O uso errado do dom de variedade de línguas escandaliza os incrédulos – v. 23
1.9. O uso do dom no culto público precisa ser com ordem – v. 27-28
1.10. O dom de variedade de línguas não deve ser proibido – v. 39

2. Erros relacionados ao uso do dom de variedade de línguas

2.1. Dar mais valor a este dom do que aos outros – v. 5
2.2. Pensar que este dom é prova de espiritualidade abundante – 1:7; 3:3; 13:1
2.3. Pensar que este dom é o selo e a evidência do batismo com o Espírito – 12:13
2.4. Pensar que todos os crentes devem ter este dom – 12:30
2.5. Falar todos ao mesmo tempo em culto público – v. 27
2.6. Falar em estado de êxtase – v. 32
2.7. Falar em público sem interpretação – v. 2,5,9,11,13,16,27,28,40.
2.8. Pensar que a oração em línguas é superior à oração no vernáculo – v. 13-15

3. Recomendações do apóstolo sobre o dom de variedade de línguas

3.1. Não proibam que se fale em línguas – v. 39 – Paulo deu o seu testemunho pessoal (14:18). Só porque o dom está sendo mal usasdo, isto não significa que deve ser proibido. Os coríntios abusaram da Ceia do Senhor, mas a solução não foi deixar de celebrá-la. Dito isto, eles precisavam entender que “linguas” não era o melhor dom para edificar a igreja (14:19).
3.2. Em culto público, falar em línguas só com interpretação – v. 27-28 – A igreja de Corinto não tinha ordem no culto. Todos falavam ao mesmo tempo. As pessoas não entendiam e por isso não eram edificadas. Línguas tem três procedências: dom do Espírito; psiquê humana (extático), o diabo (1 Co 12:3).
3.3. Falar em línguas em particular tem o seu valor – v. 2,4,28

II. O DOM DE PROFECIA

1. O que é dom de profecia?
· Temos que fazer uma distinção entre o ofício de profeta no VT e NT com o dom de profecia hoje.

· Hoje não há mais profetas no sentido daqueles profetas primeiros, que se tornaram o fundamento da igreja (Ef 2:20), ou seja, instrumentos da revelação divina. O cânon da Escritura já está fechado.

· Hoje qualquer manifestação subsequente deste dom deve ser submetida à doutrina autorizada aos apóstolos e profetas (1 Co 14:37-38). BillybGraham fala: “Hoje Deus não revela mais verdade nova diretamente; a Bíblia tem uma capa posterior”.

· O dom de profecia é expor a verdade revelada de Deus conforme está registrada nas Sagradas Escrituras (Gl 1:8-9).

· O dom de profecia não está ligado a cargo ou posição. Todo crente pode profetizar (1 Co 14:1,5,31,39). Moisés também fez o mesmo (Nm 11:25-29).

2. O dom de profecia é segundo a proporção da fé

2.1. Esta fé é o conteúdo das Escrituras – Rm 12:6; 1 Pe 4:10-11; Judas 3
2.2. O dom de profecia precisa estar subordinado à autoridade apostólica – v. 37

3. Erros quanto ao exercício do dom de profecia

3.1. O dom de profecia não é extático – v. 29,31-33
3.2. O dom de profecia nunca é dado na primeira pessoa e sim na terceira pessoa. O profeta não fala “meu servo”, mas “assim diz o Senhor”.
3.3. O dom de profecia não está acima de julgamento da congregação – v. 29

4. O dom de profecia precisa ser provado

4.1. Glorifica a Deus? – 1 Pe 4:10,11
4.2. Está de acordo com a Escritura – 1 Pe 4:11
4.3. Edifica a igreja – 1 Co 14:3,4,5,12,17,26
4.4. O profeta se submete ao julgamento dos outros – 1 Co 14:29
4.5. O profeta está no controle de si mesmo – 1 Co 14:32
4.6. O que o profeta fala sucede 100%? – 1 Sm 9:6; Dt 18:22

5. Propósitos do dom de profecia

5.1. Fala aos homens para a edificação da igreja – v. 3-4
5.2. Edificação – ajuda a construir, levantar – não é profecia manipulativa, carnal.
5.3. Exortação – “paraclesis” – palavras que dão força à vida, encorajamento.
5.4. Consolação – acalma as tempestades do medo, ansiedade. Leva refrigério.
5.5. Produz convencimento de pecado – v. 24-25 – Julgado: o efeito da palavra profética é revelar ao homem o seu estado. Todo o seu interior é sondado e exposto. Aquilo que ele escondia no coração, vê reprovado e julgado e ele só pode atribuir isto à atividade de Deus. Reconhece Deus agindo na igreja.

CONCLUSÃO

· A conclusão deste capítulo pode ser sintetizada em três verdades básicas:
1) Edificação – v. 1-5,26b;
2) Entendimento – v. 6-25;
3) Ordem – v. 26-40.

Edificação
– v. 1-5 – Paulo corrige os equívocos da igreja de Corinto que dava mais valor ao dom de variedade de línguas do que o de profecia; mais valor à edificação pessoal do que a edificação da igreja, mostrando que a profecia é superior às línguas. Paulo usa dois argumentos: Primeiro, profecia fala aos homens, línguas falam a Deus (1-3). As línguas não são usadas para pregar o evangelho. Uma pessoa não fala em línguas: “meu servo…”. Isso é adulterar o sentido das línguas. Segundo, profecia edifica a igreja, enquanto línguas edifica apenas a pessoa que fala (4-5).


Entendimento
– v. 6-25 – Paulo quando fala de entendimento usa três ilustrações (6-11): instrumentos musicais, trombeta que convoca para guerra e conversação interpessoal. Depois Paulo faz algumas aplicações (12-25): 1) Para a própria pessoa que fala – v. 12-15; 2) Para outros crentes na assembléia – v. 16-20; 3) A aplicação final de Paulo é para os descrentes que vinham à assembléia em culto público – v. 21-25 – Aqui Paulo mostra mais uma vez a superioridade da profecia sobre as línguas. As línguas sem interpretação jamais podem trazer convicção de pecado aos pecadores. Em vez disso, se um incrédulo entrar na igreja e ver todos falando em outros línguas pode pensar que todos estão loucos.

Ordem – v. 26-40 – Há duas ordens que devem sempre vir juntas no culto público: 1) Seja tudo feito para edificação – v. 26b; 2) Tudo, porém, seja feito com decência e ordem – v. 40. A igreja de Corinto tinha sérios problemas com a ordem do culto (11:17-23). Eles estavam usando seus dons espirituais para agradar a si mesmos e não para a edificação de toda a igreja. A palavra chave deles não era edificação, mas exibição. Paulo então dá várias orientações de ordem à igreja: Primeiro, tanto o falar quanto o interpretar no culto público precisa ser feito com ordem (27-33). Onde o Espírito de Deus está agindo há auto-controle. Êxtase é evidência de que o culto não está sendo dirigido pelo Espírito Santo. Segundo, as mulheres não podiam quebrar a ordem do culto público (34-35). As mulheres oravam e profetizavam na igreja (11:5), mas no caso aqui as mulheres estavam importando suas atitudes das religiões de mistério e conversando durante o culto ou interrompendo aqueles que falavam com práticas extáticas. Terceiro, os crentes precisam estar alertas sobre o perigo de novas revelações que vão além da Palavra de Deus (36-40). Através destes versículos Paulo estava corrigindo aqueles crentes de Corinto que estavam dizendo: “Nós não precisamos da ajuda de Paulo. Não precisamos estudar a Bíblia. Não precisamos ter pastores formado nos seminários. O Espírito fala direto conosco”. Uma das marcas do verdadeiro profeta é sua obediência ao ensino apostólico.


“Não é lícito aos homens, nem mesmo aos anjos, fazerem, nas Santas Escrituras, qualquer acréscimo, diminuição ou mudança. Por conseguinte, nem a antiguidade, nem os costumes, nem a multidão, nem a sabedoria humana, nem os juramentos, nem as sentenças, nem editos, nem os decretos, nem os concílios, nem as visões, nem os milagres se devem contrapor as estas Santas Escrituras; mas, ao contrário, por elas é que todas as coisas se devem examinar, regular e reformar”
(Artigo V da Confissão Reformada da França, adotada em 1559).


_____________________________________________________________________________

Texto de Hernandes D. Lopes
Fonte: http://hernandesdiaslopes.com.br

Um comentário:

Vanessa Rúbia disse...

nossa muuiito bom, gostei!a parte em que eu mais gostei é aquela que fala que nós devemos provar os profetas, realmente alguns profetas falam demais, conheço pessoas que foram iludidas por falsos profetas. as vezes eles falam alguma coisa que na real nem acontece, mas agente na hora acaba acreditando e levando isso como bagagem! mas é bom sabermos que há verdadeiros profetas que são comprometidos com Deus! e já vi também muitas pessoas "se achando" porque falavam em línguas, é óbvio que isso tem o seu valor, mas não é algo pra diminuir os outros!